06 fevereiro 2011

Brother_Land


Run Rabbit Run - Flanagan & Allen

«What does it mean to ask about the relationship between nature and the sacred? Taken in a Durkheimian sense, to regard something as sacred is to set apart from the routine and the everyday; to attribute to it some kind of divine or transcendent characteristic, power or significance; to treat it as an end in itself rather than as something that can legitimately be used solely as a means to an end (Durkheim, 1915). However, Kay Milton criticizes this approach to defining sacredness, arguing that such a definition only specifies how sacred things are treated, and says little or nothing about how and in what way they come to be seen as sacred in the first place (Milton, 2002). She discusses a number of different approaches to defining how nature can be thought of as sacred. She considers Posey’s (1998) argument that indigenous cultures see nature as sacred because they see it as having a close relation to a spirit world, and Gregory Bateson’s ideas that sacredness consisted in a wholeness and that it depends on non-communication or non-cognitive processes (Bateson & Bateson, 1987; Bateson 1991). But Milton finally settles on a definition of sacred as “what matters most to people”, thereby linking it to her ecologically grounded theory of emotions (2002).»

Nature, Technology and the Sacred by Bronislaw Szerszynski (2005) here! Beginning of Chapter after the One – The disenchantment of the world


Sufjan Stevens & Osso - Year Of The Dog

Não dormir no quarto mas sim na sala com o televisor ligado e acordar com o tesouro revelado no desenho. Percorro o mapa dos locais tocados no passeio de ontem e descubro a geometria das estradas antigas que haviam ficado de fora – a antiga 106 abandonada nos troços mais sinuosos e acidentados chega ao vale do mesio; depois de sousela, abre-se no despertar da bruma e da modernidade, cruzado por viadutos e nós interrompidos, trazendo o cheiro fresco das mimosas invasoras; mansões também amarelas e desabitadas polvilham os ares de mudança, bem como os animais que se decompõem nas bermas das curvas; depois o sousa que avisto do alto do jardim na penha fiel ao seu planalto, em plena rota do românico. Um rápido recuo que evoca memórias nebulosas pelas termas de são vicente e desagua nas frentes dos rios parados, de um castelo ausente e dos protestos actuais. A partir daqui, todo um geoparque atravessado aos ésses por entre veredas cobertas de vastas explorações de eucalipto – como é que a dona Mafalda teria ali chegado? Já agoniado, circundo as encostas do enclave avistando o mosteiro ao fundo e aterro no destino da salvação do dia, guiado pela rádio local. Visita pública aos pátios e solares, rápida aos interiores de talha, pinturas e esculturas; subida conjunta em meia caminhada até à mó com apanha de carqueja, esforço e liberdade; chás, glórias e broinhas com ovo – não houve tempo de trilobites, pedras parideiras ou carne local. O regresso foi uma perdição e estive toda esta tarde preso às máquinas: quero sol!


Fleet Foxes - Innocent Son

1 comentário:

João Roque disse...

Qualquer dia escreves um livro detalhado sobre todos os recantos do Minho, e não só...