Já faz muito tempo que aqui não venho. Desisti da forma anterior, dispo-me e renovo a pele.
Sou sempre eu. E nunca sei quem sou. Julgo-me lento, distraído, não cumprindo os papéis que assumo...presumo. E continuo na maratona de projectos e oportunidades que sempre terminam, como os dias. Parto dos supostos, suponho eu, sem os prever. E penso, ou não. Confundo-me, a mim e ao mundo, a todos e a ninguém em particular. Desabafo do abafo que esta ausência me faz sentir. Desrealizo-me a cada momento nas pequenas coisas que faço, sem o sentido que lhes dou. Não sei mesmo se me entendo.
Mudei para o quarto ao lado quando o que queria era isolar-me e satisfazer-me na minha identidade. Quem sabe se ela é, assim mesmo. Às outras, as que distingo num poder maior, que me formam e em mim se ligam, que nunca se prendam. Pois se aqui estou, ali vos deixo, com o que em vós vivi. Se vos amarro em lembranças, espero que sejam úteis para morais e metáforas alargadas, abrangentes. Saúdo-vos de saudades, cubro-vos de esperanças e o meu desejo é diluir-me em vós, num eco eterno.
1 comentário:
meu desejo é diluir-me em vós, num eco eterno.
profundo, mas duro...a reler...
Enviar um comentário