A feira do livro voltou aos aliados, passados trinta e quatro anos, abrindo as festas da cidade! E enquanto os românticos literatos enchem a praça com o seu sentimento ao rubro, florescem árvores com a mesma alegria, enquanto o povo espera para descer à ribeira nos seus ritos pagãos para olhar o estreito de pedra unido pela estrutura férrea dos últimos séculos. Ouvem-se gaivotas sob o céu azul... e o parque, que é a melhor obra de arte da urbe, entra em festa em breve.
Também no dia em que percebemos a quebra da imunidade sobre as alterações do clima, em que a fina película que envolve a nossa espécie perdeu a força contra o aumento da intensidade solar longínqua, que engrandece; Esse orgão aderente que nos separa das provocações externas, as emoções descontroladas.E o sangue borbulha mais rápido por debaixo da superfície...
Com um novo recurso comunicacional, disposto a enfrentar as viagens e compromissos que se seguem, atravesso a cidade no antigo percurso de túneis, subo a calçada ladejada de verdes e floridos jardins das vivendas e entro na venda para azeite do santo, ovos e fruta (pêros, kivis e uma meloa laranja – os alperces necessitam madurar...), retiro as ervilhas presas no congelador cheio da massa gélica que cresce silenciosamente. E coloco a cola zero das ruas de coimbra neste início de amor eterno.
Almoço com o som da rádio ao fundo e desperto para a vida em podcast.
A dez dias do dia dez.
2 comentários:
É preciso ter cuidado com os nevos e não deixar que eles nos dêem cabo dos nervos.
E os alperces por aqui já vão estando madurinhos. Outros climas.
A feira nos Aliados há-de ser outra coisa. Quiçá ainda lá vou.
As palavras gélica, ladejada e kivi não pertencem à língua portuguesa. Creio que, se no seu texto as trocar por gélida, ladeada e quivi, ele não perderá conteúdo.
[Não precisa de publicar este comentário; a sugestão é para si, se a quiser.]
Enviar um comentário