A ideia de catástrofe que toda a semana assolou os espíritos foi inversamente proporcional à calma que me trouxe uma subida aos tectos a conservar da entrada monumental e às vistas da cúpula da bolsa invicta que dita o caos humanitário (nesta concepção a tornar-se ultra_passad@); uma longa conversa em pufs no mercado negro feito clube duro, de fissuras que se curam em terapia de palavras, restauram a porosidade original e permite a respiração de tudo o que foi erguido; belo banquete de mar à chuva e passeio na largura do areal nocturno a que se chega subindo o traçado marginal da costa_foz; afinal já não vou ao luso rencontro materno pois um sentimento de aglutinação e perdão força-nos a perma_nascer (saudades xana y patty, clau y bisnas, bemvindos Maria y Martim!)
Porque a própria noção de pátria, no sentido nobre e sentimental da palavra, liga-se à relativa brevidade da nossa vida, que nos proporciona muito pouco tempo para que nos apeguemos a outro país, a outros países, a outras línguas.
A ignorância – Milan Kundera (2003 - 6ª ed.Asa Pequenos Prazeres)
Por vezes, à beira-mar, no perpétuo movimento das águas e no eterno fugir do vento, sinto o desafio que a eternidade me lança. Pergunto-me então o que vem a ser o tempo, e descubro que não passa do consolo que nos resta por não durarmos sempre. Miserável consolo, que só os Suíços enriquece...
Stig Dagerman ~ A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer (5ªed, Fenda 2004)
1 comentário:
desgraças à parte, gosto muito de Orelha Negra!
abraços
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