Início da estação: de vinte para vinte e um, na capital para mudança de ano de vida do meu mistério perfeito e da bela da boa da catita; no salto directo do inter de do metro, do reencontro dos amigos da champanhe com frutos vermelhos, do bolo de aromas coberto, do taxi, do dj à porta da escadaria em útero aberto, do ritmo dançante, da esplanada da madrugada no tejo e conversas de convulsão fraterna. O sofá trocado por três, na análise da duração amorosa com rebecca, rugby explicado, jantar de frangos na graça da leveza provocada pelo desabafo destas angústias de pesar; regresso à base a fechar, a caixa de sons no pleno suor da pista, os ex emergem no rodopio da porta e de novo no divã até à partida para a académica em almoço estival com irmão e cunhada.
Segundo round na estação de aveiro em soprada baixa de temperatura: rapto pelo casal das gémeas para a barra, à espera no farol; acolhidos no acampamento francês que levanta arqueologias por aqui e sua cadela kali, alvorecer na costa nova de grades em riste, correr na crista do vento por sapatarias no centro dos canais, jantar-buffet com a tia, o sobrinho e a suécia a acompanhar o empate; caixa de anti-depressivos vazia sem espanto pela farmácia de serviço que nos envia para ílhavo; adeus frustrante, engate na carruagem e sexo rápido à chegada do cortejo.
Final da linha: das camisolas e ténis novos, das relações que permanecem, estabilizam ou acabam (há intervalos, pausas para férias). No dia das mentiras tudo serve para convencer e acreditar no sucesso das relações – café matinal com o morzinho na baixa das caldas e um bolinhol de esperança.
(ontem enviaram-me um texto encriptado – parece-me que assim está bem!)
2 comentários:
Trepidante, como sempre; ecléctico como é habitual e com uma pontinha erótica, porque é sempre bom, principalmente assim inesperado...
Abraço.
Bastante interessante ;)
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