18 dezembro 2010

White_Vanity

Já arrastava esta vontade há algum tempo e decidi ter o meu natal imaginado: partir para o extremo mais oriental do território numa longa recta de novas estradas, serras e rios, por entre neblinas e nevoeiros que me acompanharam até ao planalto; paragem para trazer ramos cheios de bagas de pilriteiro, passando por obras até avistar o azibo; depois virar pelas vinhas, izeda e descer pelas veredas cristalizadas do maçãs; almoço no vimioso com um sol escancarado e não sigo para alcanices; quando atravesso o angueira, o céu fecha-se em alvos véus e por toda a cobertura cresce um ténue granizo que ilumina a paisagem; chego a miranda num reviver da maioridade ali atingida há catorze anos, no promontório do douro, e redescubro-a nas placas das ruas perdidas em arqueologia linguística, homem e mulher o_postos como países, as raízes roubadas ao chão amontoadas à frente da catedral, ruínas do paço episcopal contendo toilettes, uma esplanada com jogos de água, a igreja do convento trino convertida em biblioteca, a celebração feita no que resta das muralhas conservadas que o rei mandou erguer nesta data, com foral e tudo... e à volta - branco, tudo branco!
Regresso ouvindo os programas da tarde por intermezzo e as histórias da rua do autor aqui_agora, decido assomar-me ao tâmega pelo marão (aboadela) em vez de pelo alvão (ribeira de pena). Rápido, letal, um sonho! Continuo até ao final com o charols do momento...
E hoje vou dançar - Porque sim!

2 comentários:

João disse...

Ainda pensei em adoptar um burro para o presépio...

João Roque disse...

E eu que fui ontem almoçar a um restaurante especializado em comida dessa região: primeiro, pedaços de alheira, para abrir o apetite, e depois a verdadeira "posta mirandesa".
Hummmmmmm...