Alfa para bracara augusta, em cima da hora porque os autocarros chegam apenas ao terreiro do paço, depois só metro. Amanhece. Saio tempos depois e subo a andrade corvo, passo um museu – casa da imagem, viro no largo da câmara que se prepara para inaugurar uma frota de autocarros. Pequeno_almoço numa esplanada do largo da santíssima trindade, ordem terceira com o lar do conde de argolongo em frente. Atravesso as ruas baixas e antigas do centro e descubro a sé ao fundo, à esquerda. Admiro-a de longe e sigo por ruas de célebres autores portugueses. Volto à monumental estação de comboios para dinheiro e desço à paragem indicada. Espero e, já tarde, entro no autocarro; pago a tarifa e pergunto por merelim, o motorista explica-me tudo e quando digo a morada, o senhor diz-me que é mesmo em maximinos e já saímos da cidade! Descreve-me apontando no declive umas veredas para seguir a pé em corta_mato.
Estou em pleno minho como tanto esperei, nas suas encostas verdes e húmidas, sob um céu cinzento. O cheiro da clorofila entra nos pulmões; senhoras a lavar nos tanques públicos, solares abandonados, vinha e feijoeiros bem esticados, toda a muragem de pedra a ladear os caminhos e socalcos. A pé, a suar a camisa, com o saco a tira_colo, chego finalmente à respectiva escola - curta biografia, descrição de experiência, proposta de encaminhamento a casos práticos, interrupção telefónica (que horas!) que me deixa mais nervoso a tentar desligá-lo perante o júri, após duas tentativas - abandono-a por são gregório, directo ao centro, passando pelo colégio de são caetano, e na cruz de pedra descubro um restaurador de imagética sacra; à volta dos arcebispos, afonso henriques e no largo de são joão, uma sopa ao balcão e pastel de carne com copo de vinho à pressão. Cruzar o souto, os maravilhosos jardins do paço e novamente o arco da porta nova (perguntei!).
Vestimenta de verão nas casas de banho, suburbano e intercidades com paragem inter_calar para triangulação: heroísmo, soares dos reis para lavar fruta dentro de cemitério, de santo ildefonso à senhora do bonfim com o sol nas costas, a sentir a eterna memória olfativa do tratamento de madeiras nas lojas_caves sombrias, por pinto bessa comendo peras e uvas já frescas, enquanto volto para a campanhã; café, encaminhar-me pelo subterrâneo e esperar no assento correcto, observando as pombas no alto da torre da fábrica de farinhas desactivada (como quase todas as maiores). Já na soturna estação de espinho, o número do meio-dia que me embaraçou quer marcar nova entrevista para segunda em matosinhos. Urra, bolas, podiam ter-me poupado uma viagem... nada conveniente, ao contrário dos reis desta noite na cidadela de cascais: a felicidade do tom jobim em encore pelos noruegueses (a_final!).
P.S.
Catatau e ZC: deixem-me assentar e logo ver-nos-emos; se tiverem essa disponibilidade, dêem-me um tour pelo grande norte.
À loli pelo aniversário, por me levar à compra de bilhete antecedentemente e a colocá-lo nos tempos certos, pelo céu nocturno a tons pastel com lua minguante a iluminar as nuvens.
Ao mano pelo empréstimo de carinho, motivação e tilintantes para aí poder estar.
6 comentários:
No tour do Catatau, até te mostra ossos...
Ena! Não te sabia subido a Braga, a cidade dos três p's, barroca como só ela, minhota até à goela!
Seja para Maximinos, seja para Matosinhos, se ficares por cá vais ver que o Norte tem outro encanto. Muitos encantos, de resto, que de Noves-Fora até Bicos-de-Cafeteira há todo um mundo de burgos acolhedores e genuínos. Que a sorte proteja o audaz e a fortuna te sorria. :)
boa viagem!
Quero mais pedras! abraço Pinguim!
Agradeço pela ordenação que me fazes (é de minha vontade). Homens e vinho verde, com moderação - adorei o contacto com todos os residentes! Sim, Catatau: Eu Vou!
Obrigado, Paulo! Vão continuar...
O norte é outra loiça e as gentes de lá sabem receber bem!
Vais te dar bem.
Espero bem que sim (e não partir a loiça toda!) Obrigado,Imperador;)
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