Ando numa de hexis tou alêtheuein (disposição para perseguir a verdade), através de uma obra de Thomas de Koninck, professor de filosofia que se debruça sobre as questões da ética, educação e conhecimento: A nova ignorância e o problema da cultura. E tem imensas citações de outros autores que aqui deixo para reflectirem:
“Cada cultura representa um considerável capital de riqueza humana. Cada povo possui um capital de crença e de instituições que representa, no conjunto da humanidade, uma experiência insubstituível. Quando a humanidade se sente ameaçada pela uniformização e pela monotonia, volta a tomar consciência da importância dos valores diferenciais. Devíamos renunciar completamente a tentar compreender o que é o homem se não reconhecermos que centenas e milhares de povos inventaram formas originais e diferentes de ser humano. Cada uma delas oferece-nos uma experiência da condição humana diferente da nossa. Se não tentarmos compreeendê-la, não nos podemos compreender a nós próprios.”
Claude Levi-Strauss Le Devoir 1998
“A informação só nos torna mais sábios se nos aproximar dos homens. Ora, com a possibilidade de aceder, à distância, a todos os documentos que necessitamos, aumenta o risco de desumanização e ignorância. Actualmente, a chave da cultura não reside na experiência e no saber, mas na capacidade de procurar informação através de múltiplos canais e redes oferecidos pela internet. Podemos ignorar o mundo, não saber em que universo social, económico e político vivemos, e dispôr de toda a informação possível. A comunicação deixa assim de ser uma forma de comunhão. Como não lamentar o fim da comunicação real, directa, de pessoa a pessoa?”
José Saramago A quoi sert la communication? 1998
“O maior perigo da prosperidade devida à máquina decorre do facto de vivermos pela primeira vez numa época em que o conforto material é acessível a quase toda a gente. Por isso, se o procurarmos não como um acréscimo às satisfações afectivas, mas para substituí-las, corremos o risco de nos tornarmos escravos desse conforto; precisamos de um progresso tecnológico sempre cada vez maior para encobrir a nossa insatisfação afectiva e o nosso mal-estar.”
Bruno Bettelheim Le coeur conscient 1972
“Cada cultura representa um considerável capital de riqueza humana. Cada povo possui um capital de crença e de instituições que representa, no conjunto da humanidade, uma experiência insubstituível. Quando a humanidade se sente ameaçada pela uniformização e pela monotonia, volta a tomar consciência da importância dos valores diferenciais. Devíamos renunciar completamente a tentar compreender o que é o homem se não reconhecermos que centenas e milhares de povos inventaram formas originais e diferentes de ser humano. Cada uma delas oferece-nos uma experiência da condição humana diferente da nossa. Se não tentarmos compreeendê-la, não nos podemos compreender a nós próprios.”
Claude Levi-Strauss Le Devoir 1998
“A informação só nos torna mais sábios se nos aproximar dos homens. Ora, com a possibilidade de aceder, à distância, a todos os documentos que necessitamos, aumenta o risco de desumanização e ignorância. Actualmente, a chave da cultura não reside na experiência e no saber, mas na capacidade de procurar informação através de múltiplos canais e redes oferecidos pela internet. Podemos ignorar o mundo, não saber em que universo social, económico e político vivemos, e dispôr de toda a informação possível. A comunicação deixa assim de ser uma forma de comunhão. Como não lamentar o fim da comunicação real, directa, de pessoa a pessoa?”
José Saramago A quoi sert la communication? 1998
“O maior perigo da prosperidade devida à máquina decorre do facto de vivermos pela primeira vez numa época em que o conforto material é acessível a quase toda a gente. Por isso, se o procurarmos não como um acréscimo às satisfações afectivas, mas para substituí-las, corremos o risco de nos tornarmos escravos desse conforto; precisamos de um progresso tecnológico sempre cada vez maior para encobrir a nossa insatisfação afectiva e o nosso mal-estar.”
Bruno Bettelheim Le coeur conscient 1972
E para terminar mais uma pérola sartriana: “É este o fundamento do júbilo do amor, quando existe: sentirmo-nos justificados de existir.”
5 comentários:
Caro amigo
ando mecambúzio e feito estúpido...e confesso não ter "consistência" hoje para perceber este teu texto, pois quando leio algo, preciso de ler mesmo.
Assim apenas te envio um abraço de amizade.
Tudo a favor das citações (muito bem escolhidas), excepto a do Saramago, que lhe tenho um pó que só Deus sabe. Dasssse lá para a tartaruga empertigada!...
E quem disse a última frase é que a sabe toda. E tem amor a rodos: para dar, vender e ser de todos. :)
Um grande abraço, Pinguim. Eu compreendo... há dias cansados!
Tambem não "vou à bola" com o renegado mas esta frase está bem "situada". O jean-paul é sempre um assombro!
Tu também, amigo. Abraço
(E...) é um assombro! Porque o senhor da ausência de sinalética não o é! pequena_errata
Excelentes citações...
Um abraço
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