22 agosto 2008

High_Hopes

Às cinco e meia chega o meu companheiro de casa e eu acordo para um duche silencioso e uma boleia antecedida por croissant na padaria mais despertina de braga. A viagem à capital é feita pelas auto-estradas próximas do atlântico para poupar uns tustos ao som dos êxitos românticos da relação escondida do meu novo amigo: entrada pela cintura de subúrbios, paragem rápida para abastecer e buscar os papéis a casa (e rádio de pilhas) e quando chegamos à hora pensada ao hospital, verifico que a consulta é só após o almoço; não é tempo perdido pois volto às finanças no centro da cidade para “abrir actividade” e verificamos (eu e o senhor do balcão_mesa de atendimento) a mensagem sobreposta de "possível anomalia" com a data de entrega do IRS. O funcionário sai para buscar explicações (e o meu amigo entra para esperar dentro da repartição) e volta com a mais esfarrapada sustentando-se no artigo 56 do código do IVA, que não afirma nada do que diz. Não convencidos, dá-me o contacto para “averiguar melhor a situação” e obter uma resposta mais plausível e lógica; e sem poder passar recibos verdes deste mês e do anterior trabalho, vou ficar sem ver o rendimento desta e da actual ocupação; teso, portanto! Rally para devolver as chaves do centro social da boavista na junta de benfica e seguimos para uma paragem no colombo renovado na sua circular de refeições. Mostra-me as fotos das iniciativas tomadas na “nossa” escola, envolvendo toda a comunidade e da inauguração do centro no mosteiro da cimeira ibérica, com duas fatias de pizza. Voltamos à razão da manhã e espero no funcionamento a meio gás dos departamentos de saúde; quando penso que já se esqueceram (fui mesmo o último, ao quarto para as três), sou chamado para pesar e medir pressão e a médica decreta que iniciou o prazo para me retro_virar. Explico-lhe a situação laboral e ela trata de fechar os resultados num envelope, juntamento com uma carta dirigida à sua colega do estabelecimento da minha nova região. Tudo tratado descemos para o tejo e depois de estacionarmos, partilhamos histórias da loucura estudantil noctívaga enquanto esperamos que a cláudia, a bé e o bisnog desçam para um café no porão do bairro do design, devolver as chaves do último (esquecidas no banco traseiro da minha viatura) e chocolatar rapidamente a criança com um kinder joy. Dali às voltas para deixar novamente o passat do outro lado da linha de comboio em frente ao ministério, cinco minutos antes da reunião na ANQ – o outro lado da viagem: demora uma hora e meia enquanto eu aguardo numa salinha e descubro ali uma revista da antiga instituição com uma foto da equipa onde eu estou agarrado à chefa vil e má. Ui! Revejo os boletins do professor e, surpreendido com um artigo na revista noesis, peço à funcionária o favor de mo fotocopiar, ao que de imediato sai aumentado como poster e a cores. Todo o apoio para as decisões do meu patrão mas angustiado pela ausência de sinal_amante, iniciamos o regresso nos desabafos, pelo mesmo percurso; antes da paragem na mesma estação de serviço, dá-se a ligação esperada e volto a esperar com um solero smoothie enquanto o diálogo telefónico decorre. Cafés e nata e acelerar pelo anoitecer até ao jantar no centro comercial de rio tinto e cervejinha à chegada no café do futuro sogro.

Das esperanças de vida nova fica aqui esta (starlight) da banda sonora deste dia, repetida várias vezes pelo stereo do carro. A_Muse Yourselves!

3 comentários:

João Roque disse...

Eu tinha comentado este post, mas como já me aconteceu noutras condições, não o validei.
P.D.I!!!!!

paulo disse...

uma saga! não tinha a certeza, mas agora percebo-te: estás ligado ao ensino! és dos nossos! ah, e há sempre chefes ou colegas maus em todo o lado! boas esperanças de vida, caro Ophiuchus! e abraços + beijos, claro!

João disse...

Fosse o que fosse, seria interessante e pertinente, Pinguim!
Abraço.

Ai, os corporativismos... Sim! Sou um crente na educação. Abraços E Beijos aos Dois (Felizes Sempre)