Acabei de tomar os comprimidinhos que me irão acompanhar nos próximos tempos, com uma meia de leite de cevada e sandes mista, na casa do mês seguinte, com vista para a freguesia de são vitor, cemitério e campo da vinha (e o ruído ensurdecedor do tráfego sobre a circular no eco das alturas). Um prédio com reputação terrível porque nas suas duas décadas de existência sempre habitado por prostitutas, e agora, para além de brasileiros, africanos, imigrantes de leste, muitos ciganos (para não ter saudades dos meus subúrbios). Ontem a outra companheira de casa saiu após dez meses para fazer um MIT em biologia molecular na holanda (e só a conheci nesta última semana). Acabo de regressar do jantar de despedida dos colegas de casa do amigo’morzinho, nas suas caldas; enquanto as colegas que ficam, a que vai (e seu namorado) para as suas torres novas e o libelinha (companheiro nos últimos dias) jogaram às cartas, eu ouvia muitos álbuns antigos, prestando uma atenção maior às suas letras, risos de diversão alheia, cigarro na varanda para apreciar as mudanças de dois anos desde que os conheci... e agora aqui_ali.
Ontem, nos vinte e oito dias do oitavo mês do ano da graça de dois mil e oito, chegava às oito horas com o libelinha à busca do hospital de são marcos e tudo correu de uma forma célere (o que não impediu um atraso de uma hora à escola): informações, falar com a médica recomendada, marcação de consulta e atendimento num gabinete ao lado da igreja enquanto um trovão retombava e cortava, no último momento, a impressão da receita; ela acabou por sair, descemos à farmácia hospitalar e reenvio o libelinha que me acompanhou em todas as esperas com duas caixinhas e alguns papéis para esta nova casa.
A noite anterior subimos ao sameiro e, confundidos e desorientados espacialmente, tentámos vislumbrar braga circulando por detrás do belíssimo templo, até que surpreendentemente surge um mar de luzes e silêncio ao fundo, num patamar altíssimo e amplo (e muitos detalhes salazaristas) do lado oposto. Uma noite quieta, sem frio ou vento, acolhidos no topo do firmamento interminável. No regresso perdemo-nos e andamos quase vinte quilómetros para regressar à metrópole. Ele veio um dia antes para, depois de demorarmos uma hora com a sua estranheza por um lugar novo, nos encontrarmos e passearmos no vale do cávado_prado, duche e encontros na fnac ao lado de casa, jantarmos num chinês em lamaçães com a sua amiga de vila real, irmos beber até fecharmos o bar do meu companheiro de casa e seguirmos para amares, por estradas desconhecidas cheios de álcool para uma discoteca repleta de emigrantes e da sua cultura muito particular, também nas despedidas do seu país.
Ontem, nos vinte e oito dias do oitavo mês do ano da graça de dois mil e oito, chegava às oito horas com o libelinha à busca do hospital de são marcos e tudo correu de uma forma célere (o que não impediu um atraso de uma hora à escola): informações, falar com a médica recomendada, marcação de consulta e atendimento num gabinete ao lado da igreja enquanto um trovão retombava e cortava, no último momento, a impressão da receita; ela acabou por sair, descemos à farmácia hospitalar e reenvio o libelinha que me acompanhou em todas as esperas com duas caixinhas e alguns papéis para esta nova casa.
A noite anterior subimos ao sameiro e, confundidos e desorientados espacialmente, tentámos vislumbrar braga circulando por detrás do belíssimo templo, até que surpreendentemente surge um mar de luzes e silêncio ao fundo, num patamar altíssimo e amplo (e muitos detalhes salazaristas) do lado oposto. Uma noite quieta, sem frio ou vento, acolhidos no topo do firmamento interminável. No regresso perdemo-nos e andamos quase vinte quilómetros para regressar à metrópole. Ele veio um dia antes para, depois de demorarmos uma hora com a sua estranheza por um lugar novo, nos encontrarmos e passearmos no vale do cávado_prado, duche e encontros na fnac ao lado de casa, jantarmos num chinês em lamaçães com a sua amiga de vila real, irmos beber até fecharmos o bar do meu companheiro de casa e seguirmos para amares, por estradas desconhecidas cheios de álcool para uma discoteca repleta de emigrantes e da sua cultura muito particular, também nas despedidas do seu país.
Ligam-me amigos sem fim ( guis, loli, monkas, vicki). Neste turbilhão, mudam-se os tempos e, espero que, as vontades. Abraços a Todos.
9 comentários:
Uma vida nova, noutras paragens, é sempre atractiva.
Mas tu és o mesmo e isso é que importa.
Abraço.
Que dizer? Braga é linda...
Força!
Abraço
Está a ser, Pinguim!E os vales e montanhas dos arredores também, Sócrates!
Obrigado Amigos! Por aqui estarem!
Meu Deus, Ophi, estás mesmo em Braga!
Espero que te adaptes à, à... "metrópole". Toda a zona é linda, mas prepara-te para muita tacanhez de espírito, meu querido.
Tens de ir a Barcelos, melhor, a Esposende e a Ofir. E hás-de ir a Viana, ó meu amigo, algum dia! :)
Támos a pouco mais de quarenta kms! Temos de nos ver, carago!
Claro que sim, o destino tem estas partidas e eu gosto das pregar, ao próprio também! E posso dizer que avisei! Agora ainda terás(ão)de levar comigo, se aceitarem ciceronear-me um pouco por aqui!
A Viana já fui,tudo o resto deixo por tua conta!(nos inícios do outono...) Abraços!
Resta-me desejar-te felicidades nesse novo tempo da tua vida e pedir-te para continuares a ser igual. Aprendi a gostar de ti assim.
Um abraço... peludo e obrigado por tudo isso que sabes!!!
Um grande abraço aí para cima. Já agora, se quiseres responder, deixei por lá um desafio.
bem, quem me manda ser curioso? o título desta entrada deixou-me intrigado e foi na demanda. acho que caí. já me levantei. afinal, que muda? para dizer a verdade nada, mas o sentido do que escrevi no comentário que anteriormente te fiz ganha ainda mais força. rapaz, não te esqueças de ser feliz e, como disse o Pinguim, "tu és o mesmo e isso é que importa" e além disso todos nós continuamos por aqui! percebeste ou queres que te faça um desenho, hein?
grande abraço
O bom dos amigos é que em termos espacais podemos estar longe... mas a verdade é que estamos sempre aqui pertinho...
Beijinhos grandes
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