29 abril 2011

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Os fantoches de Kissinger/Com as minhas tamanquinhas
Entretanto a medusa mundana continua a estender os seus tentáculos, atravessando as fronteiras que julgámos eternas para nos confrontarmos na nossa alteridade em migrações de que sempre fizeram parte os exílios forçados por guerras, pestes e fomes sentidas e decididas pelos interesses individuais, fraquezas, arrogâncias e usuras dos que teimam em existir. Afinal partilhamos mais do que espaços: sou pelo partido dos animais todos, à excepção do homem cujas vidas continuam a expurgar-se repelentemente em abraços fatais.


Mulher da erva/Cantigas do maio
Já com a noite toda em vinte e três, visito os antigos templos orgíacos abaixo do ginásio no monte dos livros e zonas costeiras de permanências estivais; adormeço até à tarde da preparação molhada (com amigas que querem ganhar o jogo da rolha), em descida abrupta por caminhos enviezados na margem do vascão que atravessamos nas passadeiras, onde nos rebolamos nas águas ludras e subimos a custo íngremes passagens enquanto o céu escurece em faixas até ao solo e exala ruídos extremos.


Os eunucos/Traz outro amigo também
No regresso ribacima, nova paragem de espera por encontros fortuitos, surge o jovem banqueiro que também o fez, e assim nos desejámos e sentimos, calma e sôfregamente com intervalo para outra parelha rodada, repetimos e confidenciamos os trajectos coincidentes, aguardando contactos; antes da saída, o nómada acabado de chegar do irão confessa a sua admiração no desenvolvimento e aceitação locais, apenas limitado nessa liberdade de expressão e reunião entre géneros mas plenos de outros cruzares.


Está a acabar o prazo de denúncia do contrato deste arrendamento. E depois?

1 comentário:

João Roque disse...

Os teus posts continuam a ser parecidos com um rally paper, eheheh...