A pé, em peregrinação pelo dia da senhora, acompanhado pela mensageira após seia plena de filosofia, investigamos os mistérios do caminho da mãe das mães - todas e mais algumas - atravessando todo o souto até ao centro, são vítor e dom pedro em permanente diálogo até ao velho e saímos da cidade pela nova cruz, num brando calvário.
Após pausa estimulante para hóstia e necessidades fisiológicas, chegamos aos barcos para caminhada de saúde em desmaio pela beleza natural do parque; pelas curvas em espinho seguimos, por entre a piquenicagem pós_descida e pela monumental escadaria até ao aterro nas alturas, percorremos a azulejaria da cripta com os dogmas e feitorias como ícones de uma história que mistura estado e religião nas suas entranhas. É na ascenção que decido o meu anátema, circundando o altar da virgem e, com a mártir, subir as centenas de degraus até atingir a vista do zimbório.
Após décadas de atraso -e nem o marianismo patriarcal conseguiu redimir- quer o jornalista da época, quer o sacerdote actual confessam o sucedido no primeiro santuário por afluência. Assim, assumo a minha essência, enquanto assisto à fé e atropelamento africanos do mundial, à marcha contra o genocídio da fome, ao pântano negro que penetra na américa, à efevercência belicosa na costa fenícia... (Ah, e o marcelo em paris com o arco do triunfo ao fundo, após conferência "agradável" na casa de portugal, a responder a perguntas dos espectadores, a assistir ao comentário de mourinho sobre o seu "modesto" comentário e a fazer apostas com o apresentador).
O talho de baixo do prédio tem agora um letreiro azul com um dente gigante e dois casais de jovens "curtem" sofregamente em frente à porta.
2 comentários:
Que belos momentos passei no Sameiro, com o meu amor...andavas tu pelo estuário do Cávado, recordas-te?
Sim, e voltar a correr para vos receber... Que bom foi estarmos juntos à excepção do vizinho de baixo!
Abração, João.
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