31 janeiro 2009

Vanilla_Sky

To my meeting_aquarian real friends (and all these birthday parties) - Look at this funny little band! To all that's gonna stick it out till the end...

You have my heart
And we'll never be worlds apart
Maybe in magazines, but you'll still be my star
Baby 'cause in the dark, you can't see shiny cars
And that's when you need me there
With you I'll always share
Because ...

[Chorus]
When the sun shines, we'll shine together
Told you I'll be here forever
Said I'll always be your friend
Took a note I'm a stick it out 'till the end
Now that it's raining more than ever
Know that we'll still have each other
You can stand under my umbrella
You can stand under my umbrella
Ella ella eh eh eh ...
Under my umbrella
Ella ella eh eh eh ...

These fancy things,
Will never come in between
You're part of my entity,
Here for infinity
When the war has took it's part
When the world has delt it's cards
If the hand is hard, together we'll mend your heart
Because...[Chorus]

You can run into my arms
It's okay, don't be alarmed
Come into me(There's no distance in between our love)
So gonna let the rain pour
I'll be all you need and more
Because...







Have a nice Month_Week_End!

28 janeiro 2009

Shade_(Fake)Shape I

"Desempenhando a função de esconder a evidência, a opinião pública tem o mesmo papel que a tradição nas sociedades antigas: oferecer algo a que se possa aderir e ser salvo de recriminação. Mas enquanto a tradição incluía uma semântica de segredo que era passada de geração em geração, a função de encobrir a realidade que tem a opinião pública nunca foi referida. Ela própria se torna "segredo". Isto é compensado pela rápida mudança de temas e a uma abertura ao que é novo.
Pode-se clarificar esta orientação com a ajuda da metáfora do espelho. Neste caso já não temos um espelho de virtudes no qual o príncipe pode reconhecer o seu melhor ego mas a possibilidade de observar como seu próprio observador e outros são representados pela opinião pública. Em nenhum acontecimento nos vemos ao espelho mas apenas a expressão que compomos para o espelho. Mas não é tudo. Para além disso, nas nossas costas vemos outros que também actuam em frente ao espelho: outras pessoas, grupos, partidos políticos e versões do mesmo tema.
O que quer que vejamos é só um perfil que é determinado pela nossa própria posição e movimento. O efeito assenta completamente na intransparência do espelho., isto é, numa separação total de tudo o que realmente ocorre na mente das pessoas reais ao tempo em que se olha para o espelho. A diferenciação do complexo meio_forma da opinião pública e a dissimulação da verdadeira complexidade de uma grande quantidade de processos conscientes torna possível à política orientar-se de acordo com a opinião pública.
Por um lado, isto significa que a política só pode vislumbrar-se no espelho da opinião pública, fixada que está no contexto artificialmente escolhido das suas próprias possibilidades de movimento. Por outro lado, contudo, o espelho também reflete de volta para o observador menos e ao mesmo tempo mais que somente ele próprio. Ele também vê os seus concorrentes, intrigas e possibilidades que só são atractivas para os outros e não para ele. Assim, o espelho da opinião pública, tal como o sistema dos preços de mercado, torna possível uma observação dos observadores. Como sistema social, o sistema político, portanto, usa a opinião pública para se tornar capaz de se observar e desenvolver estruturas de expectativas correspondentes. A opinião pública não serve para estabelecer contactos externos. Serve a clausura auto-referencial do sistema político, o círculo fechado da política. Mas a clausura auto-referente é conseguida com a ajuda de uma instituição que permite ao sistema distinguir auto-referência e referência a outro, isto é, a política e a opinião pública, na realização das suas próprias operações e com ela construir uma representação dos limites das suas próprias possibilidades de acção.

[...]

Niklas Luhmann in A Improbabilidade da Comunicação. Pag. 85-87 Vega (4a Ed.) Colecção Passagens, 2006.


Apenas para dar andamento. Desabafos sobre o que faço, os que fazem, o que fazem... onde estou.

25 janeiro 2009

Ins(Des)_Cription

23
*As duas palmeiras, uma bicéfala, no alto ermo das setas uivantes, sós, à lua. Atravesso o vento irado, as ruas de granito, directo à senhora, passando por trás para cigarros e café. Cá fora amacio o fumo escutando o estalar do taipal exterior e o reggae interior. Jola, jola e a associação enche. Saio e visto a camisola de gola tuaregue pela avenida central, até entrar no código onde vodca, converso com uma italiana que ajuda a amiga indisposta, e os dois tipos que as acompanham, sobre sandes de caracóis.Peço a vogue com artigo de moda grunge à proprietária, rumo à colina. Caipirinha sozinho na esplanada, escutando o chuveiro aberto do firmamento, com as luzes percorrendo os montes em volta. A c. vê-me, interrompo para um jacto e sento-me com ela I o seu novo amigo. Descemos para a rampinha (vou buscar as chaves do pópo), amêijoas e cachorro especial. Depois o insólito acontece até de madrugada com o primo, o som na pista do pátio de pedra. Entrega ao amanhecer.
24
Dormitar pela tarde, incenso de cedro na cozinha e de sândalo na sala. Posta de bacalhau no supermercado de baixo para cozer com grão e ovo. Levar bicas, tomar café e pastel de carne no bar, agora com karaoke. Janto, fico bem e por casa, nas memórias.
25
Acordo com alarmes, saio a meio do dia ao pólo para público, folheio o sócrates no café ao lado e vou ao e'leclerc: saladeira_fruteira toupeira, vaso verde e vela laranja;tangerinas, sumos, maçãs e pêras, papaia e tomate, bróculos, fiambre e queijos. Vejo a sairaivada nos quintais já à janela, almoço e saio. Santo antónio das travessas, caffe noir, fotografia do século vinte e stilonova iorque pela taschen, dobro a dom gualdim pais, passo os arcos apagados das lojas até à esquina do turismo. Compro o livro algo desconfiado > e uma regueifa na ferreira capa. Com água, leio no DM que a prof. em ciências da comunicação, Felisbela Lopes, nota a falta de competências na oralidade dos estudantes universitários; josé cunha rodrigues, prof. de literatura portuguesa, fala das vantagens do ebook, ferreira leite por estas ruas, cenfim na junta de são vicente, colégio comemora aniversário dos irmãos la salle em portugal, maus árbitros em dume, reis para novos e velhos, josé luís costa no seu auditório de bolso - o primeiro dia de joão negreiros, na 2 "O que nos torna Humanos", documentário da evolução da nossa espécie por Armand Leroi.
A água escorre por todo o lado, mostrando os declives e rugas do solo. O frio cortante rasga o céu escuro nos últimos laivos de luz. Oiço o quarry, a cláudia liga, a mãe e a garcia não atendem, o morzinho sim. Escrevo esta dedicatória aqui (a_voz) >

"Vão por mim - isto de escrever é tarefa de ourives! Quer isto
significar que são necessárias umas não muito poucas condições para tornar
possível o acto da escrita. Tem alturas que me quase dou em doudo. Em suma, a
escrita é trabalho cheiamente penoso. E só quem sabe pode pronunciar-se, pelo
que não me venham com histórias de "eu imagino", "eu compreendo", "dá para
perceber", que isso é conversa por demais amolada. Entendo e riposto - só quem
trabalha a pedra pode saber o que é trabalhar a pedra. com a escrita o mesmo se
passa. Mais pedra, menos pedra, a coisa vai dar ao mesmo."


Bruno Amarante Crónica de uma cividade
Pag.9 da colectânea "Obrigados a entrar em braga algo desconfiados" Dezembro de 2008.

24 janeiro 2009

Dream_On (Samba)

Summertime,
And the livin' is easy
Fish are jumpin'
And the cotton is high

Your daddy's rich
And your mamma's good lookin'
So hush little baby
Don't you cry

One of these mornings
You're going to rise up singing
Then you'll spread your wings
And you'll take to the sky

But till that morning
There's a'nothing can harm you
With daddy and mamma standing by

George Gershwin

Hoje estou assim, depois de uma noitada daquelas. Ver no post acima*À espera de tempo quente, sol e amor.



Em homenagem a um amigo: porque tenho os pés frios... e chove.

Cliquem aqui e aqui.

23 janeiro 2009

Judgment_Day

Chego a casa e pelo a cenoura ressequida (depois de congelada); corto-a em tirinhas para fazer uma omelete. Primeiro metade de uma cebola e frito-as no óleo, depois as batatas cozidas aos bocados polvilhadas de oregãos. Bato os ovos com pedaços de queijo e pimenta preta, separo o lixo e coloco a louça na pia. Sirvo o sumo de laranja, lavo as quatro folhas de alface e corto-as em tiras, enroladas, para um pequeno prato. Fatio a outra metade enquanto também o cigarro me arde no olho e deito o polme simples. Coloco uma bela maçã ao lado do copo.

Penso nos que se foram esta semana. No que agora conheço, o que ouvi, o que li.

Dispo-me rapidamente e dobro as camisolas de lã. Desligo o fogão. De camisa aberta, aparo a barba rala ouvindo a RUM, tiro o resto da roupa e enfio-me na banheira. Passo o champô e esfrego-me com as duas mãos desde os pés_artelhos, subindo por membros, tronco até à face, em movimentos circundantes, circulares. Enxaguo-me e absorvo a pele vigorosamente, perfumo os lados do pescoço e passo os punhos. Tempero a salada com coentros frescos congelados,um fio de azeite e gotas de vinagre. Sirvo.
Guardo a roupa e os sapatos, troco de pasta. De alças e cuecas lavadas, calçado de peúgas altas em losangos ingleses, danço royksopp e saint-etienne, enquanto passo a camisa das cornucópias a ferro. Visto as calças caqui do avô e calço o sapato pipi para a inauguração da tarde.

Enquanto almoço, verifico a carta da semana e o primeiro dia do obama *guantanam_o Basta!

Avalio a semana atribulada na escola e o alerta de cidadania. Controlo o estacionamento, lavo os dentes e despenteio o cabelo. Guardo as chaves, telemóveis e carteira nos bolsos apertados. Visto o casaco de cabedal e coloco o lenço. Saio apressadamente.


Another World - Anthony and the Johnsons

Regresso já noite, outro dia. Leio uma alma pura, no quadrigésimo aniversário da morte deste brilhante estadista. Leio-Vos. Escrevo(_Vos).

18 janeiro 2009

Dar_Dos

Ora que sou agraciado com um prémio pelo Pinguim! Ora que, uma vez o primeiro, corro a colocá-lo no cantinho superior, feliz pela graça. Ora que decido investigar o significado da palavra:

O dardo é uma arma de lançamento com ponta de ferro semelante a uma lança. Foi utilizado por muitos povos em eras diferentes e como tal é natural que o seu tamanho e peso variem. Actualmente o dardo utilizado em competições tem de comprimento 2.60m a 2.70m, de diâmetro de 2.5 a 3cm e pesa 800g. Durante a história foi maioritariamete lançado sem ajuda de instrumentos de propulsão.(...)
A principal diferença entre o dardo e a lança está na sua utilização. O destino dos dardos era serem arremessados antes que as duas frentes se envolvessem no combate corpo-a-corpo. Como tal, os dardos eram mais leves, o que facilita o arremesso mas faz com que a arma seja mais frágil, aumentando as hipóteses de se quebrar.(...)
Ainda se utiliza para se designar uma pequena lança utilizada em zarabatanas e outros instrumentos principalmente com propulsão a ar comprimido, sendo utilizado também em armas de fogo especiais. Bastante utilizados com anestésicos na captura de animais selvagens.

Com o Prémio Dardos reconhecem-se os valores que cada bloguista emprega ao transmitir valores culturais, étnicos, literários, pessoais, etc.; que, em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, as suas palavras. Estes selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloguistas, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.

Se o meu Amigo me vê assim, respeito-o, aceito-o. Sinto a amizade no gesto da escolha, no valor atribuído, no diálogo estabelecido -que se estabelece. O meu sincero agradecimento a ti, homem das neves! Como a vida, o jogo tem regras. Passo a trancrever:

1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prémio Dardos.


Só não vou cumprir a última porque já estão aí, todos no seu valor: não é ser contra_quebra_corrente mas porque a minha falsa_modéstia_timidez não me permite.

Obrigado, Imperial_Imperador!

S+arck

Ontem reconhecemos competências a uma cadeira (very private joke) e comprei duas escovas de dentes, no caso de alguém permanecer cá por casa. No bar laranja de_baixo, pode-se fumar à noite e tem uma boa carta de cervejas. Divagámos em transparências até às cinco da manhã. Hoje roupa na corda, depois na tábua. Há uma guerra artística nos muros da subida, no parque e movimento próximo da biblioteca. A missa passa na sé e persigo um senhor até me fartar. Na centésima oiço a senhora escritora que tem um blog dizer que o seu post mais comentado foi uma foto de um frase na parede invicta que dizia "foda-se" (ou o caralho). Cumprimentei a doutora, paginei a Nada e regressei ao marasmo da solidão escolhida.

Sinto falta do espremedor que as gémeas me ofereceram (pela laranjina c). Podia ter um assim...


Juicy Salif
Hoje o senhor que desenhou isto e muitos outros objectos domésticos faz sessenta anos. O mais conhecido autor do novo design que decorou hotéis e restaurantes pelo mundo saiu-se com esta frase simples, transversal nos conceitos, com a qual concordo:

"Ecologia não é só uma urgência da economia e a protecção do nosso mundo mas também criatividade e elegância."

Página oficial aqui

14 janeiro 2009

The End of the End of Times II

"Vistas à escala dos milénios, as paixões humanas confundem-se. O tempo não acrescenta nem retira nada aos amores nem aos ódios sentidos pelos homens, aos seus compromissos, às suas lutas e às suas esperanças: ontem e hoje serão sempre os mesmos. Suprimir ao acaso dez ou vinte séculos de história não afectaria de maneira sensível o nosso conhecimento da natureza humana. A única perda irreparável seria a das obras de arte que esses séculos teriam visto nascer. Porque os homens não diferem, nem sequer existem, senão através das suas obras. Como a estátua de madeira que pariu uma árvore, são unicamente elas que atestam a evidência de que, no decorrer dos tempos, entre os homens, alguma coisa realmente se passou."



Final de "Olhar, Ouvir, Ler" de Claude Lévi-Strauss (1993) no alto do seu centésimo aniversário, em 95 pela Asa na colecção Sinais.

Em inspiração sequenciada d'Os Livros Ardem Mal... no dia perfeito do Sócrates.
E este é o meu centésimo post e desta vez estou a manter-me por aqui...

12 janeiro 2009

Sí_Sifo



Sísifo de Tiziano, 1549

"Há cerca de vinte anos, Gilles Ferry designou a formação como um dos grandes mitos do século XX, a par do computador e da conquista do espaço. Invadindo todos os domínios do social, a formação instituiu‑se como uma resposta às perturbações e às angústias individuais e dos grupos, desorientados por um mundo em rápida mudança e no contexto de uma situação percepcionada como uma “crise” social e económica. O optimismo em relação à formação não tem hoje razão de ser, num quadro em que o desemprego estrutural e o trabalho precário marcam
o regresso da vulnerabilidade de massa, característica, entre outras, do que o sociólogo Beck designou por “sociedade de risco”. Vivemos um tempo em que as políticas e as práticas de formação assumem, por um lado, um carácter instrumental em relação à civilização de mercado e, por outro lado, se inscrevem em políticas de ortopedia social, em que o assistencialismo se substitui à justiça social. Neste contexto, o trabalho de investigação tem como principal justificação para a sua pertinência social a possibilidade de produzir um acréscimo de lucidez sobre os discursos, as representações e as práticas que fazem da formação um dispositivo de distribuição de ilusões."

Rui Canário in Formação de Adultos: políticas e práticas - Nota de apresentação
Sísifo/revista de ciências da educação n.2 jan/abr 2007 issn 1646‑4990

11 janeiro 2009

Le_Clézio

3 meses atrás este senhor recebeu o prémio nobel da literatura do ano transacto. Toda uma biografia de aventura em ilhas distantes e culturas_continentes perdidos, mas aqui, tão real:



"As sociedades dos grandes blocos continentais, apesar das suas religiões 'reveladas' e do carácter aparentemente universal das suas democracias, falharam a sua missão e negaram os próprios princípios sobre os quais assentavam.
A escravatura, a conquista, a colonização e as guerras à escala mundial puseram em evidência essa falha. Esses acontecimentos revelaram placas tectónicas cujos movimentos criaram os sismos actuais, e que ainda servem aos teóricos e aos falsos profetas dos 'choques de civilizações' para justificar as guerras de dominação. O fracasso dessas grandes sociedades é sem dúvida a maior ameaça que o mundo hoje enfrenta."


Raga (2006), Jean-Marie Gustave Le Clézio Capa do Ypsilón desta semana.

10 janeiro 2009

Vaso_Construção (Periférica)



Ainda agora saí do vale das caldas coberto de neve onde jantámos delícias improvisadas pelo actual do meu ex-. Ele não tem um irmão gémeo com a mesma mão para a cozinha. É pena!

Aceitando o desafio proposto pelo Sócrates, venho por este meio esclarecer as minhas necessidades especiais para este ano novo:

FOME de infinito, de profundidade, de respeito e intensidade;
De todos, por todos e para todos.
Com paladar apreciado e digestão calma na fusão em Nós;

SEDE de espírito, interior,
Na busca inesgotável da fonte fértil da sabedoria nas coisas;
Em volta, ao redor;

SONO inócuo, imaculado.
De sonhos_favos etéreos. Paz tremenda, ternura.
Pueril por si só, em si só;

SEXO puro e duro, com prazer total;
Intenso, duradouro, mordaz; sem sangue ou esperma a atormentar;
Protegido, protector, cuidado, lento, devagar.
O outro no mesmo, muito. Sempre.

EXCREÇÃO: de lado, para fora;
Dos bichos ruins, das fadas más, exorcistas, lúgubres, fúnebres,
Ratos, pulhas, larápios e afins.

ABRIGO no templo, maior, hospedeiro, vetusto.
Albergue alegre, confortável feliz.

SEGURANÇA na fé, na força, pela caridade.
Firmeza moral e ética; princípios conformes ao sentido inicial e primordial:

AMOR uno.

E depois de descer da capela do santo ao lado, regresso ao meu conforto, com vocês... No dia seguinte de degelo, após as duas décadas sem neve, que ontem terminaram.

07 janeiro 2009

Frio_Limpo


"Quando está frio no tempo do frio, para mim é como se estivesse agradável,

Porque para o meu ser adequado à existência das cousas

O natural é o agradável só por ser natural.


Aceito as dificuldades da vida só porque são o destino,

Como aceito o frio excessivo no alto do Inverno -

Calmamente, sem me queixar, como quem meramente aceita,

E encontra uma alegria no facto de aceitar -

No facto sublimemente científico e difícil de aceitar o natural inevitável. (...)"


Alberto Caeiro "Poemas Inconjuntos"




Ainda não tinha visitado a cidade este ano. Saí agasalhado direito ao multibanco para um café no bar envidraçado da colina mas como estava desligado, o do centro de saúde, decido seguir. Pela praça do bispo com báculo fálico, à esquerda na descida, a catedral dourada em suspiros e daí, direito ao centro. Uma cameleira pende as suas gélidas corolas e, na solidão da rua iluminada em arco, levanto o dinheiro e sigo até ao café Viena: conforto-me no seu veludo bordeaux e aroma. Espelhos adornam-me à saída onde acendo o cigarro, as vistas amplas de templários e o piso areado e vazio levam-me pelas fachadas da avenida entaipada, no chão de pedra, ciclames encolhem-se. Os rostos que seguram os balcões do teatro, as estátuas que povoam a fronte do leão, a fonte obelisco, a viela do anjo recuperada, o agradável antro alternativo onde assisto "sem rasto" ao meu desejo acompanhado de uma macieira, o largo do seminário onde ecoa um som corrente e cristalino, o claro holofote lunar, as altas grades de metal forjado, as torres modernas de madeira que protejem das termas, a descoberta do atalho em subúrbio até ao prédio em bico, cizento de barras;faixas amarelas, os azulejos antigos da entrada e as escadas de mansinho...

Di*ver*gis*tive-me!

05 janeiro 2009

Pre_Sentes

Hoje acordei em casa.
Hoje tomei banho no chuveiro com torneiras azuis transparentes (patrocinadas pelo velho senhorio) e pus o perfume Phi_Neo que recebi no natal (e ainda o CK in to One - ou a guida e a cunhada acham que cheiro mal).
Hoje fui para a escola mais cedo porque tinha de estar às dez e, apesar da senhora das onze me desmarcar, tinha de abrir a porta do centro (amanhã tenho de pedir a chave da A. para tirar cópia).
Hoje a P. apareceu (e não era suposto) com um barrete branco de peluche e um kispo cor-de-laranja e foi uma boa surpresa. Hoje falei com a monkas no g_mail.
Hoje comprei pão na padaria ao lado de casa e desejei um bom ano. Hoje no carro ouvi o Nantes dos Beirut em cassete que a loli me ofereceu e eu gravei em casa no algarve.
Hoje recebi um postal da madeira da loli na viagem de presente de aniverário que lhe oferecemos para a passagem de ano.
Hoje fiz salcichas com puré e salada e fui ao Lidl a pé para reabastecer e comprar o bolo-rei para o debate de manhã.
Hoje falei sobre o estado do país com o aluno simpático com deficiência até ao meu bloco-piso, ao qual me acompanhou.
Hoje corrigi o erro do sr. carneiro e encaminhei;o para o colégio (já está quase finalizado este processo) e ainda encontrei o protocolo, que guardei numa capa.
Hoje programei a validação em língua estrangeira com a E. e trouxe a contagem do grupo para pensar a formação.
Hoje, já de noite, acompanhado pela P., fui até ao portão para fumar e corri pelo pátio com o frio.
Hoje à saída, tranquei a sala do M. que voltava para o seu grupo depois do mestrado e encontrou a porta fechada (porra, a A. tem-nas mesmo todas!) mas telefonei ao chefe para lha abrir e ele agradeceu-me.
Hoje trouxe o calendário de 2008 que estva na minha sala, souvenir de NY. Hoje quando cheguei, li o público on-line e ouvi o rádio, tal como de manhã (não tenho televisão e é bom).
Hoje instalei o adobe flash player e pude escutar o som do meu blog e comentei pela primeira vez desde há muito um (o do arion ; e por isso estou aqui).
Hoje jantei uma massa primavera com legumes frescos e congelados e bebi o sumo de goiaba que a guida me trouxe do méxico (oferta do óscar!).
Hoje a mãe ligou e prometi que deixava de fumar se ela o fizesse! Hoje o dingling comentou-me e desejou-me um bom ano (também te amo e quero-te o mesmo!), bem como (a) todos vocês!
Hoje lavei a louça enquanto esperei que o chá verde arrefecesse e, de seguida, montei esta página. Entretanto, hoje, o morzinho contou-me todas as peripécias para conseguir sair do seu reveilhão e trans_bordar em todos os transportes.
Hoje vou dormir cedo para recuperar do fim-de-semana (ups!).
Hoje adoro viver (aqui!).
Hoje chegam os 3 reis magos... Boa Noite!