05 novembro 2010

Thanks_Quake

Deixar o lugar vazio por uma semana tornando-me pertença de outros. Começamos pelo final da tempestade que nos dá o cheiro de inverno: saímos domingo bem cedo para sudeste em direcção às beiras interiores, ainda chuvosas e frias; marcamos o almoço com a que falta e após o ângulo superior direito entre auto-estradas, o sol brilha provando que a cova entre túneis é o conforto para o largo e raso arco_íris que atinge com todo o esplendor as cidades fartas. É às idanhas que dedicamos o tempo que agora corre lento mas ventoso: ao fundo da nova comemos bem e coloridos mas logo seguimos para o templo fusor de religiões na egitania que o noivo limpou e conservou; atravessamos o ponsul e regressamos após indisposição com gás. Ascendemos ao topo da mais portuguesa que agora gela, prometemos novo encontro noutras terras templárias e testamos aposentos - pão por todos os nossos deuses.
O dia dos santos ergue-se com a sua promessa de ida à horta (bica de azeite, queijo e borrachões) cumprida apenas na partida; assim, é a penha garcia (que percorremos entre tângeras, romãs, murta, bolotas, uvas, marmelos) e a salvaterra do extremo (cemitério dos avós, primos e dióspiros, cavalos em zarza e gin_cola de peñafiel) com paragem na senhora das azenhas, trilobites, ribeiros, barragens, termas e monfortinho onde deslizamos pelas cristas e planícies, penedos e cascatas, torres e ermidas, montes e vales. Ainda o agradecimento à proença velha e despedida na curva de são gens – todos os tons outonais foram convocados e pelo verde fora até à capital.
Devolvo a túnica aos tibetanos do salitre, bebé do marco no calhariz e somos rodeados de fotógrafos para pose no camões; ceia pelo mateo no albergue da bica também interrompida. Entre as suas margens, acordo no samouco, observando os recoletores de marisco; contemplo a adorada sobrinha adormecida (despir, limpar, pesar, alimentar) e, depois de marcado o reencontro de santa clara e jantar_buffet no caminho do mar ao norte, agradeço à ana y sus muchachos:







Hoje, sob a protecção do lar originário, escrevo e escuto com especial atenção, após as voltas de montemor, as rectas de pegões e do infantado. Amanhã, os restantes finados, aqui, comigo.

1 comentário:

João Roque disse...

Estiveram tão perto de mim; passei esses dias na Covilhã...