29 abril 2009

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(oh, puta de sorte!) Já passavam das sete e meia da matina quando insistem no toque seco e oco da minha porta. Levanto-me para abrir, volto para vestir o robe e quando espreito pelas escadas, vem uma senhora loira - melhor do que o vizinho do mercado com problemas de inundação ou um qualquer amante enlouquecido! Era a antiga inquilina ucraniana que me pergunta se podia dar~lhe a sua correspondência. Eu ainda lhe cedo as chaves mas ela pede para descer até à caixa e a acompanhar. Vou sorrindo gentilmente ensonado e abro a caixa, pego no maço de cartas acumuldas desde dezembro, sacudo-as, batendo umas nas outras, pelo pó e terra que cresceram graças às obras de arruamento lá fora. Verificamo-as uma a uma, ela não encontra o que procura (espera uma encomenda do seu país natal), fico com o seu número numa linda inês mal traduzida que não me deixou posto em sossego.

Há dois dias já via a luz do sol a esta hora, oiço um alarme automóvel e penso que já não funciona o comando do meo. Penso no papel dos diplomas e na urgente ida à farmácia.

Volto a dormir.

4 comentários:

João Roque disse...

És um ingrato...
Ser acordado por uma loira a bater-te à porta e ficares contrariado...
Vê lá que por este "andar" ainda te chamam "nomes"!
Ahhh só a mim não acontecem coisas destas, porra!
Abraço sorridente.

Kapitão Kaus disse...

É sempre uma forma de ser acordado...

Claro que eu, pessoalmente, preferiria ser acordado por outra pessoa, mas pronto. Ainda que te sorriste sempre!

(Acredito que deves ser muito alegre e simpático)

:)

Kapitão Kaus disse...

*Ainda bem que te sorriste sempre!

(Era o que eu queria escrever e saiu outra coisa...)

Tongzhi disse...

Quero lá saber da forma...
Detesto ser acordado pelo "bater à porta"!!!