15 junho 2010

Contra_Mundum

Foram três dias a dormir profundamente como não há décadas, a visitar as crias de um mundo porvir, percorrer o passado a_venturoso, limpar o pó mecânico e eléctrico das garagens e seus despojos, na angústia incessante das horas mortas, a repetir séries em série... E voltar à vida por apenas alguns momentos, só para te sentir cá dentro, depois da emersão por vias congestionadas sob a luz da íris espectral no reducto do dia, contra os faróis no retrovisor que por ti passam, fulminantes. Sem ainda o Zenão, leio a introdução da opous nigrum, após semana de documentários sobre a especialidade, originalidade e portugalidade literária que culmina com a fuga de Margot após o massacre, qual Judith arrependida.
E parto. Hoje não preciso de estar, de ver, de ser. Sou nada, ninguém e passo, resolvo os assuntos laborais com palavras à distância, morro e renasço a cada dia - como um capitão de um mundo pop - declaro-me por palavras e sorrisos e exaspero os semelhantes na medida em que me a_guardo expectante (pela terceira série do macabro justiceiro...)


Num regresso histórico, aqui (tal como nas festas dos antigamentes) e à continuacion...

1 comentário:

João Roque disse...

Três dias a dormir???
A mim bastava-me um, mas bem dormido!