04 maio 2011

Art_Life


Hoje faria 53 anos de Vida!
«Keith Haring morreu de SIDA, aos trinta e um anos, às primeiras horas da manhã de 16 de Fevereiro de 1990. Deixou ficar uma muito vasta obra de desenhos e pinturas, murais e esculturas, bem como inúmeras t-shirts e cartazes: um legado extenso produzido ao longo de dez anos de criatividade por um artista que não deixou obras “dos últimos tempos”. Apesar da sua juventude, na hora da morte Haring já era um artista consagrado, reconhecido aos olhos dos outros artistas, aceite pela crítica e amado pelas crianças. Durante a sua curta vida tornou-se um sucesso de exportação americano que alcançou a fama e o êxito comercial. Como muito poucos artistas, compreendeu como combinar a personalidade própria com a arte numa única entidade. A sua marca estilística é a linha, formalmente reduzida ao essencial e que se expande, de variadas maneiras, na área restrita da pintura, tomando em devida conta as suas proporções. É sempre uma linha contínua guiada pelo sentido do acaso, transformando-se primeiro em contorno, depois em figura e finalmente em símbolo. Quase sempre o espectador necessita apenas de um breve olhar para entender o que há para ver e compreender nas suas obras. Contudo, o fascínio próprio da arte de Haring está na capacidade de combinar este estilo fortemente gráfico com o recurso a grande imaginação. As figuras e as formas estão sujeitas a contínuas transformações e a novas criações, fazendo prova contínua das suas qualidades de desenhador, pintor e escultor. Dentro da sua obra pode testemunhar uma evolução estilística constante. A busca contínua de novos desafios é acompanhada pela experimentação com as mais variadas superfícies a pintar. Seja a pintar paredes, peças de vestuário, automóveis ou aviões, e sobretudo em papel, tela, algodão não tratado ou vinil, é na execução perfeita que reside a marca da qualidade de Haring. Quer nos projectos formalmente planeados quer nos desenhos murais espontâneos, as linhas não se baseiam nem em esboços, nem em estudos. Não se encontram erros ou correcções e assimetrias de proporção. A espontaneidade e a segurança são os atributos que marcam a sua obra.»

Primeira página do fascículo quase A5 da Taschen – Alexandra Kolossa (2005)

1 comentário:

João Roque disse...

Um criador absolutamente original. Único!