07 março 2010

Re_Ward

Já vão alguns meses, muitas viagens e tempos partilhados... De novo, regresso a correr da terra das mulheres tevolosas, de candeias às avessas, para buscar-te no balneário bracarense. Juntos, por mais três dias apenas, onde o primeiro acto concerne à exposição de japoneiras na sua pátria: muita gente em fotos e reportagens entre tabuleiros relvados (faltavam os cartazes - favor não tocar), espalhados na Biblioteca Almeida Garrett para o concurso; muitas espécies classificadas, melhor ou pior expostas sobre os mesmos, bem como os antigos catálogos de produtores da zona; e no final, ao fundo, atelier de reciclagem de cápsulas de café para criar pétalas e corolas e lições práticas de poda e enxertia. Segundo acto e sinfonia na casa trapezoidal: como não temos assintura ou lugares pré-estabelecidos, a solução é pedincharmos bilhetes a quinze minutos da entrada e a sorte benfazeja os audazes - os três separados, fico ao centro encarando os obreiros das notas, de coração aberto e olhos fechados, surpreendendo-me nos cinco andamentos, sendo eu próprio criatura e criador do momento. Saímos atordoados para o terceiro acto: celebrarmos o encontro com um rodovalho de bons ares em matosinhos, passeios entre os prédios hipoalérgenos renascidos do ventre das fábricas, circundamos a árvore grossa e invertemos, em boa hora, a marcha na senhora, para voltarmos a casa, com paragem para tabaco e jornais. Hoje, na calma da chuva aparente e confortável, duas roscas para os dois, postamos poesia, depois do brinde às flores e à musica, aguardando o(s) óscar(es)...

1 comentário:

João Roque disse...

Que bom é viver a dois...nem que seja intermitentemente...