30 setembro 2010

Des_Folhada

É da sala_aquário donde vos escrevo e assisto ao embrenhamento diário do novo habitante com o seu habitat e no passeio em redor, tenho encontros profícuos com as personagens nocturnas do bairro, confrontando-me com as minhas_suas limitações - tão libertadoras vantagens.
Começamos por reler o trabalho dos últimos seis meses, páginas sem parar de biografias manipuladas por um referencial aberto e de moral flexível; vai à frente e volta atrás, faz e desfaz, monta e desmonta. E os candidatos, com os braços no teclado e as costas cansadas da vindima fechada em ramadas e latadas castradoras do horizonte, vêm já sem forças para chegar ao milho_rei.
Os ouriços amadurecem o casulo vegetal e enrijecem os picos para o magusto final; as beladonas florescem nos áridos muros em róseas corolas virginais pelo fôlego derradeiro deste sol que fina, aguardando a frutificação em perigosas bagas. As folhas são limpas pelo vento que esfria e agita os restos mortais da estação.



Depois do teste da oligofrenia ou fenilalanina, da negociação interrompida e da reformulação do método, tiro férias e decido que temos de seguir em auto_coordenação de vez: recolher mantimentos e limpar armas para os tempos que se avizinham.
E agora que tenho a Wall_Paper, de alças e boxers tribais justos, anoto o que falta e assito ao Mad_Man pela segunda vez como se fosse o Big_Love.

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