27 março 2010

Levi_Atan

A semana foi exaurida pelas provas colossais à paciência desta pessoa que aqui se apresenta. E de nada lhe serviu as poucas horas em casa pois uma insónia transitória acompanha-o como uma sombra, há dias a mais. Excitação pelas apresentações de si pelos outros, por vezes caindo na argumentação agressiva necessária para a revelação dos seus interesses_intentos.
A primeira acabou bem para todos, com um jantar de francesinhas, à excepção da angústia aniversariada; a segunda foi a super_observação de finalista para ajudar nas suas escolhas - e analisámos gráficos de produção de escórias, saída de lanches e, pelos três simples, encontrámos ivas, voltámos ao minipreço, refizémos receitas caseiras...; a terceira foi de vez, para a libertação do grupo - foi preciso um interrogatório forçoso de forma a seguir o roteiro programado- e a loucura de encontrar acasos entabulados no lugar do morto, escravizados nas luzes de xenon; a quarta foi a validação da abertura moral com a tentativa de diálogo estilado com o seu leviatã favorito - monárquico, anti-maçónico, clerical - que, na sua soberba, o obriga a gritar e cruzar a sala de trabalho para fumar um cigarro no parapeito do primeiro andar entre as grades, antes do toque de saída.
E não fosse o suficiente, no quinto dia, a certeza da imiscuição dos poderes nos deveres institucionais (nem o meu pai, que foi_era padre e professor, tendo uma escola debaixo de casa, o fez, e comungou sempre da patena pela sua própria mão) obrigou-o a perder a chegada do carteiro com os documentos que (finalmente) lhe dariam o privilégio do pagamento da formação para doá-lo devidamente pela sua substituição, à querida colega que o compreendeu (indo contra o chefe que, não entrando no "bolo", exige a indemnidade de si pelo carro acidentado) - por isso copia a carta à ministra desta associação cívica e pretende entregá-la ao convidado mas deixa-a sobre a mesa e afixa-a na sala dos crentes, que logo após o intervalo, começam a dirigir-se para a eucaristia escolar(oh, benza-os Deus!). Entra furioso no centro, prometendo rapar o cabelo e armar-se de quipá e longas barbas se o braga ganhar.
Até este senhor sabia dos perigos e estoutro o afirma hoje. Por isso, só para acalmar, ouço o furacão de abaixo e vou assitir ao lançamento, sugerido pela matriar_cidade.

3 comentários:

Paulo disse...

Oxalá os crentes tenham ficado bem benzidos.

Que tal O "Livro d'Água"?

João disse...

Tinha um piano agradável e duas violas d'arco também; os declamadores eram demasiado estridentes. Por isso comprou música e vem ler o Coral. Comigo.

João Roque disse...

Eu ontem fui à sagrada bênção da Luz...
Abração.